Capim Marandu: todos os detalhes do famoso braquiarão
As gramíneas do gênero Brachiaria são amplamente usadas como fonte de alimento para animais de grande porte. No Brasil, cerca de 85% das pastagens são compostas por forrageiras de diversas espécies, incluindo o Capim Marandu (Brachiaria brizantha).

Presente no mercado há mais de três décadas, essa cultivar é originária da África, região na qual apresenta solo bastante fértil, porém, possui também longos períodos de estiagem. Por isso, a planta é, atualmente, uma alternativa muito útil para regiões com baixa precipitação.

Considerando a maior prevalência da espécie em áreas cuja escassez de chuva é bastante comum durante 8 meses do ano, o Capim Marandu apresenta excelente tolerância aos períodos de estiagem. A seguir, confira todos os detalhes do famoso braquiarão!


Quais as características do Capim Marandu?

O Capim Marandu é uma cultivar cuja nomenclatura deriva da língua Guarani e significa “novidade”. O termo, por sua vez, se relaciona com uma característica muito particular da espécie, haja vista que se denomina novidade justamente por se tornar uma alternativa interessante para formação de novas pastagens em áreas cultivadas da savana brasileira.

Além de ser chamada de Capim Marandu, porém, a espécie também é conhecida por seu nome popular: “braquiarão” e “brizantão”. Sua fama se dá, basicamente, pela alta resistência contra estiagem e infestações de cigarrinhas, haja vista que estes são um dos problemas mais comuns na indústria agropecuária.

Via de regra, o Capim Marandu é uma opção interessante para o fornecimento adequado de nutrientes, especialmente quando comparado a outras forrageiras. Além disso, a planta conta com uma vantagem natural no combate a pragas como as cigarrinhas-das-pastagens — um dos sérios inconvenientes da Brachiaria decumbens, por exemplo.

Outra vantagem do Capim Marandu é que, além de auxiliar no combate a parasitas, favorece a rápida recuperação de pastagens com alto índice de degradação.


Formação de pastagem

A formação de pastagem do Capim Marandu consiste na adoção de técnicas adequadas, incluindo o uso de sementes revestidas de alta pureza. Isso significa que deve-se aplicar entre 10 e 12 kg/ha a uma profundidade média de 2 a 4 cm.

O período ideal para o plantio, por sua vez, compreende a época de chuva no cerrado — que normalmente ocorre entre os meses de outubro a março, com maior intensificação nos meses de novembro e dezembro.

Contudo, há um ponto de atenção importante: sementes recém colhidas devem ser evitadas na formação de pastagem, pois apresentam maior dormência e, consequentemente, podem ter o processo de germinação comprometido. Logo, é fundamental aguardar a quebra natural da dormência para a semeadura posterior.


Adubação de manejo

Uma boa produtividade nesse tipo de forrageira depende, em geral, da reposição sistemática dos nutrientes do solo, em especial, durante a jornada de desenvolvimento do braquiarão. Dentre a reposição de substâncias, destacam-se o fósforo, potássio e enxofre. Com isso, além de manter bons níveis de produtividade, pode-se fornecer um maior ganho de peso dos animais.


Pragas

A cigarrinha-das-pastagens é uma importante peste que acomete boa parte das gramíneas forrageiras. Porém, como vimos anteriormente, o Capim Marandu trata-se de uma espécie que conta com uma resistência natural (por antibiose) a esse tipo de praga.

Em termos simples, isso significa que, mesmo quando as cigarrinhas colocam seus ovos em pastagens já formadas, a antibiose provoca alterações no desenvolvimento das pragas, altera o tempo de vida das mesmas e, como resultado, impede danos graves ao Marandu.

Outra característica positiva do braquiarão em relação ao manejo de pragas passa diretamente pela alta densidade de pelos, o que facilita a geração de barreiras físicas e minimiza a ação do inseto sobre a planta.


Manejo da pastagem e produção

O Capim Marandu é uma espécie bastante empregada em sistemas que consistem em deixar o gado durante períodos mais longos (pastejo contínuo). Contudo, pode ser também adotado em estratégias de pastejo rotacionado, ou seja, quando há um rodízio de animais. 
Neste caso, recomenda-se observar a altura ideal para entrada dos animais. Assim, quando se trata do pastejo rotacionado de Capim Marandu, ela deve ocorrer entre 30cm (entrada) e 15cm de resíduo (saída). Outro detalhe importante é que o manejo se faz possível apenas durante o período de chuva ou no caso de pastagens irrigadas.

Do contrário, em épocas de estiagem, para garantir a capacidade máxima de lotação das pastagens, é muito importante utilizar estratégias de suplementação da forragem.

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