Como o manejo do solo pode afetar a produtividade das plantas forrageiras?
O Brasil é reconhecidamente uma potência quando o assunto é a produção de animais de grande porte — aqui estão um dos maiores rebanhos comerciais do planeta (aproximadamente 200 milhões de animais). Dentre outros fatores, o que mais contribui para isso é a disponibilidade de plantas forrageiras (gramíneas, capins, leguminosas, etc),  usadas como alimento para esses animais.

Para se ter uma ideia, considerando apenas o cultivo de espécies do tipo brachiaria, sua área útil ocupa um espaço de mais de 90 milhões de hectares, o que corresponde a três vezes à área de cultivo de soja, por exemplo. Isso prova que as plantas forrageiras têm grande apelo econômico, afinal, é um dos gêneros mais cultivados no mundo para complemento alimentar dos animais.

Embora as plantas forrageiras tornem a pecuária ainda mais produtiva, há inúmeros desafios relacionados à espécie. Em geral, a baixa fertilidade, normalmente provocada pelo manejo inapropriado do solo, acaba provocando sérios danos à produção pecuária, principalmente em regiões tropicais. Quer saber mais sobre o assunto e descobrir como minimizar tais problemas de manejo do solo? Então, continue a leitura!

Desafios do manejo do solo na implantação de forrageiras

Não tão raro, percebe-se na maioria da produção de animais a pasto no Brasil uma atividade vista de forma secundária, sem o emprego de muita tecnologia. A título de comparação, a produção de grãos, sobretudo a soja, caminha em uma direção totalmente oposta, tendo em vista que o setor se utiliza do que há de mais moderno.

Isso acontece porque grande parte da produção desses grãos é, ironicamente, enviada para a alimentação animal de países do exterior, ou seja, que exportam o insumo na forma de commodities. Caso essa situação fosse diferente, isto é, se exportássemos carne, leite e derivados no lugar dos grãos, o país eventualmente estaria em outro patamar no que diz respeito a produtividade e a qualidade da pecuária nacional.

Nesse contexto, antes de tudo deve-se investir mais em estratégias adequadas para o manejo do solo, incluindo sistemas de adubação e calagem apropriadas para a implantação de forrageiras de grande escala. Outro cuidado indispensável relaciona-se ao uso de fertilizantes, cujo paradigma ainda precisa ser quebrado.

Alternativas para garantir a produtividade através do manejo

A implantação de forrageiras se dá, em geral, através de um sistema de manejo do solo com grade aradora. Com o auxílio do equipamento, é possível trabalhar o solo em uma profundidade segura, o que também melhora o rendimento no campo. Por outro lado, o uso contínuo desse implemento agrícola pode compactar a camada subsuperficial do solo.

Pensando em alternativas para preparar o solo, de modo a reduzir sua compactação, o plantio direto apresenta-se como uma excelente alternativa. Cabe mencionar que essa técnica contribui, inclusive, para uma melhor sustentabilidade do sistema agrícola, já que o solo coberto por palhadas, tende a preservar os seus nutrientes, aumentar a reserva de águas e minimizar a infestação por pragas. 

Conclusão

Como vimos, o Brasil tem um grande potencial no que diz respeito à produção de animais cuja base alimentar são as plantas forrageiras. Em geral, isso ocorre, pois o uso desse tipo de forragem diminui consideravelmente as despesas com a produção, mas, principalmente, porque diminui o risco de contaminação ambiental provocada pelo uso inapropriado de defensivos agrícolas.

Por outro lado, o manejo inadequado do solo é um grande problema, uma vez que impacta negativamente a produtividade das plantas forrageiras, limitando assim a atividade pecuária em regiões tropicais. Nesse sentido, deve-se estabelecer tanto uma nova estratégia em adubação do solo, quanto adotar técnicas apropriadas para o manejo do solo, a fim de minimizar esse tipo de problema.

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